sábado, 14 de setembro de 2013

(Notícia) - Níveis de cálcio da maçã cairam para metade nos últimos 80 anos

«Níveis de cálcio da maçã caíram para metade nos últimos 80 anos


Uma maçã comida há 80 anos pelos nossos avós tinha o dobro dos níveis de cálcio que o mesmo fruto comido hoje. E um bife comido por alguém em 1940 continha o dobro do ferro de um outro bife comido em 2002, neste caso devido à mudança da alimentação dos animais.

As conclusões são de uma pesquisa do Nutrition Security Institute, que analisou as mudanças nutritivas em alguns alimentos nos últimos 80 anos e foram anunciadas numa reunião do Omega Institute for Holistic Studies, em Hudson Valley, Nova Iorque.

A reunião contou com a presença de agricultores, educadores, pesquisadores e activistas e centrou-se na qualidade da comida, nutrição e agricultura – o vale do Hudson tornou-se um destino gastronómico devido às suas pequenas quintas e publicidade feita por chefes famosos.

Segundo Graeme Sait, um autor e educador na área da nutrição e agricultura na Austrália, a comida que hoje comemos oferece apenas 30% do alimento, comparada com a comida que os nossos avós comiam quando eram crianças.

Este foi o ponto de partida para um debate em que o escritor gastronómico Fran McManus, presente na reunião, explicou que o gosto das pessoas foi “capturado” pelos alimentos processados, através do sal, adoçantes e sabores artificiais. “A referência de uma pessoa em relação ao sabor – ou ao que a comida deve saber – é colocada numa parte inicial da vida. Se não ensinamos as nossas crianças a reconhecerem a qualidade, nunca lá chegaremos”, explicou.

O sabor não está apenas relacionado com a estética, de acordo com os produtores de fruta, mas é um reflexo de como a química da apanha de um fruto ou vegetal se interliga com as nossas necessidades biológicas. Um exemplo: um fruto é normalmente apanhado verde, para ser mais facilmente transportável, por isso nunca chega a todo o seu potencial ao nível do sabor.

“E o sabor está relacionado com a saúde”, explica Walter Goldstein, um produtor de milho fundador do Mandaamin Institute e que se dedica a desenvolver milho e trigo mais nutritivo. “Se os produtores e consumidores perderem a capacidade de saborear os seus vegetais, fruta ou cereais, e apenas se preocuparem com a sua aparência, irá ocorrer uma erosão de sabor. Esta perda de qualidade pode afectar a nossa saúde”, concluiu o agricultor.» - Green Savers [http://greensavers.sapo.pt/2013/09/13/niveis-de-calcio-da-maca-cairam-para-metade-nos-ultimos-80-anos/]

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